Avivamento dos Vencedores - Parte 2

Imagem

Durante a batalha contra os midianitas, Deus deu a Gideão e a seu exército basicamente três armas fundamentais. Estas são as mesmas armas que precisamos para conquistar o avivamento hoje: a Tocha, A Trombeta e o Projeto.
 
Vivemos um momento muito importante da guerra, assim como Gideão vivia, por isso vamos examinar o relato bíblico da batalha de Gideão para extrair alguns princípios.
 
A Bíblia diz que o inimigo era como gafanhotos e eram tantos que pareciam não acabar mais. Eles estavam armados com lanças e espadas. O povo de Deus, por sua vez, era muito pequeno, um povinho de 300 homens somente.
 
Talvez hoje nós sejamos 300 homens, e quando olhamos para a Rede Globo, para a televisão em geral, para os ricos em suas parafernálias enormes, os vemos da mesma forma. Neste contexto parece ridículo ir para guerra com tochas e trombetas apenas.
 
Certamente naquela hora deve ter batido no coração de Gideão como que um gelo, seus ossos devem ter se esfriado. Nessas horas passam muitas coisas pela nossa cabeça. Ele deve ter pensado - será que sou eu mesmo? Será que essa é a hora? Será que foi Deus quem falou realmente? O coração então disparou, estava chegando a hora da guerra.
 
Não deve haver pior dia na vida de um homem do que o dia da guerra: ali é vida ou morte. Em toda a Bíblia não vemos Deus colocando a mão no arado e realizando a obra por nós. Na verdade ele nos dá a batalha, mas nós quem conquistamos e a hora do saque não é simples.
 
Vai chegar o momento do avivamento no nosso meio e com certeza vai bater “um frio” na nossa barriga, o seu espírito vai ficar como o do Senhor Jesus à beira da morte, angustiado. Esta é a hora da batalha. O avivamento é uma coisa muito séria porque estamos travando uma batalha tremenda e terrível.
 
Deus dá a comissão, mas nesta hora o Espírito do Senhor nos ensina um princípio muito sério, o psiquismo coletivo.
 
Gideão desceu ao campo do inimigo e escutou a história do sonho de um dos homens. O sonho dizia que um pão de cevada descia rolando até se chocar e arrebentar todo o povo. Isso aconteceu porque há mais de 40 anos eles roubavam pão e trigo, e mesmo que se justificassem nos seus atos e pecados, a culpa permanecia dentro deles. Era por causa dessa culpa que eles estavam sonhando com Gideão descendo sobre eles. Certamente a culpa, a angústia e a acusação estavam espalhadas por meio de toda a multidão.
 
Quando uma nação começa a perceber os seus próprios pecados ela começa a ficar angustiada e isso muitas vezes é uma poderosa arma no mundo espiritual para destruir uma nação. Aquele povo estava assim há 40 anos. Ninguém falava nada, ninguém comentava, ninguém criticava, mas a angústia estava lá dentro. O povo sabia que estava fazendo algo errado, mas não tinha jeito de fugir.
 
Hoje não é diferente, quando o povo brasileiro ouve falar de política já fica desanimando. Se fala sobre a polícia, muitos já ficam com medo. Muitas coisas que estão acontecendo em nosso meio e no nosso país produzem isso. É um tipo de gente que se você ao menos encostar já recebe uma resposta desconcertante. Isso é sintoma de uma gente com culpa, acusada, oprimida e em tempos assim duas coisas podem acontecer num país, ou ele sucumbe por causa de tanta opressão ou então se converte, o povo é salvo e a nação experimenta um avivamento.
 
O que determina isso? O nível da oração da igreja e da posição que ela tomar. Se a igreja se posicionar e orar, ela verá a colheita da nação.  O evangelho sempre caminha junto com a guerra e com a peste. Onde passa a destruição, o evangelho chega lá, pois nesta fase de quebrantamento, não se iluda, pode haver avivamento. Mas quando esses dias vierem, é necessário que estejamos ali nos posicionando.
 
O Senhor disse a Gideão que iria vencer essa guerra com luz, com louvor e com projeto. E então ele se separa. Vamos ver as armas usadas por Gideão:
 
1. Luz (Tocha) – O livro de Efésios fala que nós somos a luz de Deus. A luz são as nossas boas obras para que as pessoas vejam. A luz é a nossa vida, a palavra do nosso testemunho. As pessoas têm que se sentir incomodadas perto de nós. As pessoas devem ter vergonha de falar palavras torpes do seu lado, tem de medir as palavras para falar perto de você. Se você é luz as pessoas tem de saber que você o é. Você tem de se posicionar no trabalho, na família e em casa.
 
Luz é isso, pessoas que se posicionam ao lado de Deus, pessoas que tem personalidade no que crê. A tocha fala do poder de Deus no nome de Jesus. No deserto o fogo ia adiante deles, representando o poder do nome de Jesus. “Por Gideão e por Senhor”, eles gritavam. Não precisamos de rádio, televisão ou dinheiro, o avivamento não precisa dessas coisas. Precisamos ter apenas o nome de Jesus na frente.
 
2. Trombeta – Nos fala de louvor, de alguém que está tocando com as mãos e com o peito apertado do clamor. Um clamor apertado porque consegue sentir o coração de Deus. Tocar a trombeta com o peito apertado pelo que Deus está sentindo é ser angustiado pelo mover, alguém que chora até soluçar. Este tipo de clamor é de louvor. Tocar trombeta nos fala de pessoas que falam como quem tem autoridade, isso é realidade. Quando vivemos o que pregamos temos autoridade da parte de Deus. Quando você fala, as pessoas precisam perceber que é Deus quem está falando. As pessoas precisam dar até tremedeira.
 
Quando a gente fala não acontece nada, mas quando Deus fala não há quem fique em pé. A trombeta também fala de adoração real para um Deus pessoal. Tem pessoas que querem ir para o céu porque a terra está ruim, mas existem outras que querem ir para estar com o Senhor, porque O amam. Devemos pensar o que Deus pensa, desejar o que Deus deseja.
 
3. Projeto – Eles não ficavam num misticismo desequilibrado. Eles sabiam muito bem o que iam fazer, pois havia um projeto. Deus tem nos dado, como Igreja, um caminho, um projeto. Avivamento não vem com bagunça. Precisamos ser organizados, ter um trilho, uma visão. Sabemos para onde vamos, como queremos chegar e quanto custa para ir até lá.
 
Por isso, quero te desafiar para se alistar nessa batalha. Deixe de ser amador, deixe de ler a Bíblia só quando você quer ler, jejuar só quando der vontade. Deixe de ser imparcial no emprego ou na família. Quero que você entenda que avivamento não é brincadeira, ele traz juízo. Pare de brincar, santifica os seus olhos, ouvidos, mente, coração e seus membros. Seja severo com você mesmo, seja duro consigo mesmo e misericordioso para com os outros. Seja severo com sua carne, com os seus ouvidos, não ceda para a preguiça; vigie o tempo tordo.
 
Não fique de fora. Tudo isso vai ser recompensado no Dia do Senhor. No milênio muitos irão reinar. Outros serão salvos, todavia pelo fogo, pela terrível mão de Deus e pela disciplina. Deus não está brincando. Vai haver galardão, mas também haverá disciplina. A vida cristã normal é a vida vencedora, que vence o pecado, o diabo, o mundo e a carne. Este é o padrão normal, é nesse nível que devemos falar e viver.
 
Pastor Naor Pedroza